sábado, 14 de agosto de 2010

Fotos felizes

E a paixão, que por nunca ter sido
Jamais deixará de ser...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saber

É nesta morte que te dou
escancarada, aos poucos, a outro...
Que me guardo de morrer...
em silêncio,de súbito, sozinho.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Beijo.

São solidões que se passeiam pela noite.
Se encontrando, se anulando.
Se unindo em almas abandonadas aos carinhos de estranhos...
Vidas se dando em silêncio e segredos procurando a morte.

Em nossas juninas mãos morenas, temos saudade de casa.
Não existe lógica, nem verbo.
Apenas desbravamos colos e somos envolvidos pela maciez da escuridão.

Cada vez mais, em vez de menos.
Devemos juras ao que há de vir.
E lembramo-nos, sempre, de esquecer.
Afinal,
há melhor desculpa para experimentar de novo a vida?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Pranto de um carnaval

Sofro.
Sofro porque, hoje, 80 mil braços se cruzam em 20 mil beijos
E isso lhes basta.
Sofro porque
Nesta noite, vinho, chuva e lama correrão juntas.
E desta aliança impura, por tambores e sorrisos regada,
alimentar-se-ão três tristes famílias.

E a angústia das negras nos servirá de pretexto.
Diremos a todos que hoje nos abandonaram, que é por elas.
Só e somente por elas.
Que por seu sofrimento, choramos.
Que por sua alegria, cantamos.
E de seu céu e inferno, bebemos.
Diremos ainda, senhores
Que existe algo.
Que somos e sabemos

Não falaremos
Desse quarto vazio a nos embalar.
Que em nossos dias falta leme e lume.
Que tateamos como bêbados à meia-noite
Que acordamos ao som de cruel matilha repousando em nosso peito.
Repetiremos, uma vez mais, que a guerra, a fome e a praga nos leva pela escuridão.

E então, quando estivermos bem certos de nossa farsa,
Trairei a todos.
Confessar-te-ei
Que não é a miséria das enchentes
Mas a ausência tua
(A dilacerante ausência tua)
Que jorra por entre os mudos versos
Deste choro cruento.

Saberás.
E isso me basta.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ele te acompanha

Ai como eu queria
Em teu corpo repousar
Ah, mas esse moço
Não divide o seu lugar

Ele é perigoso
Maltratou meu coração
Quanto egoísmo desse moço
Que se chama perfeição

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

UNA PALABRA

Una palabra no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
igual que el viento que esconde el agua
como las flores que esconde el lodo.

Una mirada no dice nada
y al mismo tiempo lo dice todo
como la lluvia sobre tu cara
o el viejo mapa de algún tesoro.

Una verdad no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
como una hoguera que no se apaga
como una piedra que nace polvo.

Si un día me faltas no seré nada
y al mismo tiempo lo seré todo
porque en tus ojos están mis alas
y está la orilla donde me ahogo,
porque en tus ojos están mis alas
y está la orilla donde me ahogo.


de Carlos Varela.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Este puto mundo

Nunca veas a una puta con luz de día, es como mirar una película con la luz encendida. Como el cabaret a las diez de la mañana, con los rayos de sol atravesando el polvo que se levanta cuando barres. Como descubrir que ese poema que te hizo llorar a la noche, al día siguiente apenas te interesa. Es como sería este puto mundo si hubiera que soportar las cosas tal y como son. Como descubrir al actor que viste haciendo Hamlet en la cola del pan. Como el vacío cuando te pagan y no sentís ni siquiera un poquito. Como la tristeza cuando te pagan y sentiste por lo menos un poquito. Como abrir un cajón y descubrir una foto de cuando la puta tenía nueve años. Como dejarte venir conmigo sabiendo que cuando se acabe la magia vas a estar con una mujer como yo, en Montevideo”

Do filme El Lado Oscuro del CorazónE

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

JOKER


Começar a colocar umas poesias boas por aqui:

Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.

Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.

Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.

Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin'.
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.

The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'.

ROBERT ALLEN ZIMMERMAN